segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Robô descobre como conhecer suas ações



Paula Rothman, de INFO Online Quinta-feira, 18 de novembro de 2010 - 14h56



SÃO PAULO – Pesquisadores europeus criam robô que aprende a pensar manipulando o que encontra ao seu redor.
Chamado de ARMAR III, ele consegue interagir com objetos e tocá-los de forma correta sem a necessidade de um enorme banco de dados com instruções para cada item específico.
Levantar um copo, pegar um garfo ou abrir uma gaveta podem parecer gestos simples, mas envolvem uma série de conhecimentos prévios. Por exemplo, saber qual a força necessária para erguer ou abrir determinado item e de qual forma se deve segurá-lo é essencial para levar um copo d’água a alguém.
O problema é que para lidar com objetos de cozinha, por exemplo, que são muito numerosos e possuem muitas aplicações, seria necessário programar um enorme banco de dados. Para contornar essa questão, os pesquisadores do projeto open-source PACO-PLUS decidiram criar um robô que pudesse aprender sozinho. O Paco é financiado pela Comissão Européia e conta com a participação de universidades da Bélgica, Reino Unido, Dinamarca, Espanha, Alemanha, Suécia, Eslovênia e Holanda.
O princípio básico é usar a chamada cognição-embarcada, um processo que se baseia na comunicação de duas vias entre os sensores do robô e suas mãos, olhos e processador. Assim, diante de um novo desafio, o ARMAR investiga a melhor maneira de agir e consegue resolver problemas que não foram previstos por seus programadores.
O robô utiliza algumas informações previamente armazenadas, sua capacidade de processamento de dados e o toque nos objetos para decidir como agir. No exemplo do copo de água, o robô aprenderia que o comando “copo com água” se refere a um objeto que pesa mais do que um copo vazio; ele também veria, ao tentar erguê-lo, que virar o “copo de água” de cabeça para baixo vai fazer a água cair.
Para diminuir o tempo de tentativas e erros do robô, foram programas apenas algumas “pistas” em seu sistema – por exemplo, o nome dos objetos. Assim, com uma pequena ajuda de um ser humano lhe guiando no início, o ARMAR conseguirá desenvolver as três habilidades necessárias para executar tarefas: compreensão dos comandos verbais, criação de representações de um objeto e da ação; e como usar isso para decidir a melhor forma cumprir o comando de voz. 
O robô já aprendeu a reconhecer objetos comuns de cozinha e consegue interagir com eles pondo a mesa mesmo que algo estranho esteja em seu caminho.

email enviado em 22.11.10 pelo colaborador Áureo Antônio

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