quarta-feira, 4 de abril de 2012

MEMÓRIA: LEMBRAR É ESQUECER?


Por Diego Reis e
Alfred Sholl-Franco
www.cienciasecognicao.org


MEMÓRIA e APRENDIZAGEM

Todos nós passamos pelo processo de desenvolvimento intelectual desde antes de nossa inserção na pré-escola e conforme o tempo passa, novos conhecimentos e informações são adicionados a nossa rede neural. Entretanto, será possível deter todas as informações que adquirimos em casa ou na escola? Na verdade, não. O que acontece é que à medida que incorporamos novos conceitos podemos modificar ou enfraquecer outros e, desta forma, mudamos nossa maneira de perceber, pensar e agir sobre o mundo.

Outros dois importantes aspectos a serem observados durante o processo de aprendizagem são a motivação e a atenção, pois são eles que nos permitem direcionar e focar nossa percepção e pensamento, traçando assim um “objetivo”, exercitando o cérebro a filtrar as informações necessárias para a execução de determinada atividade.


MEMÓRIA e ALIMENTAÇÃO

A preocupação com os hábitos alimentares deve ser um fator preponderante quando se fala na manutenção e fortalecimento das memórias. Algumas substâncias como ácido fólico, ômega 3 e substâncias antioxidantes são exemplos de elementos essenciais para o bom processamento das informações. Como fontes desses nutrientes, podemos citar: os grãos (arroz, feijão e soja) ricos em ácido fólico, que colabora para a troca de informações entre os neurônios; os peixes (principalmente salmão, atum e sardinha) ricos em ômega 3, que atua na manutenção dos neurônios; e os óleos vegetais (milho, girassol, dentre outros), por desempenham efeito neuroprotetor e por conterem substâncias antioxidantes que impedem a ação de radicais livres, prejudiciais a integridade das células nervosas.


MEMÓRIA: PATOLOGIAS e PREVENÇÃO

Não podemos falar em memória sem falarmos também nos esquecimentos, pois os mesmos são fenômenos fisiológicos e ocorrem continuamente, promovendo o enfraquecendo de memórias que construímos ao longo da vida. Portanto, esclarecemos que esquecer é uma função essencial ao bom funcionamento da memória, visto que seria impossível armazenar de maneira integral as informações que acumulamos durante um dia apenas.
Entretanto, em alguns casos o esquecimento ocorre em um grau patológico, ou seja, prejudica o funcionamento do sistema e nossa vida. São exemplos de patologias: as amnésias, as demências e a doença de Alzheimer. Portanto, devemos manter o nosso cérebro em pleno funcionamento oferecendo-lhe estímulos a todo tempo, pois já existem evidências científicas de que a manutenção de atividades criativas e estimulantes pode melhorar os processos de armazenagem e de evocação de memórias.

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